Adriano da Farmácia perdeu a compostura e agrediu verbalmente o Vereador Dr. Edson. No final da sessão Edson solicitou que o corregedor da Casa Vereador Rodrigo Modesto tome providencias com abertura de processo de quebra de decoro parlamentar
O clima que já não era dos melhores desde o início do ano, quando da escolha do nome de Adriano para a presidência e também das mudanças que Adriano promoveu no regimento interno da Casa para, segundo alguns vereadores, beneficiar pessoas de seu relacionamento com cargos que antes exigiam qualificação técnica na área e as constantes intransigências do comandante da Casa, que para alguns, não aceita ser contrariado, parece estar contribuindo de maneira enfática para que o clima desande ainda mais.
A tensão atingiu seu ápice nesta semana, quando na sessão ordinária de terça-feira, o vereador Rodrigo Modesto (PTB) disse que, como advogado, conhece as leis que proíbem CPIs de fatos pretéritos ou anteriores da administração atual. O receio é que as CPIs comecem com vício formal e os vereadores podem cair no descrédito.
A fala de Modesto foi acompanhada pelo vereador e também advogado Edson Donizetti (PSDB) que disse também ter estudado o caso e que esses casos deveriam ser encaminhados ao Ministério Público como denúncia e que os vereadores deveriam ter mais cuidado.
O vereador Edson Donizetti disse que a Casa está metendo os pés pelas mãos no caso da CPI que seria implantada, uma vez que antes mesmo de sua instalação já tinha vereador querendo ser da Comissão e foi interrompido bruscamente por Adriano da Farmácia (PR), dizendo que tem o comando da casa e pulso. Falando ainda para Dr. Edson que se ele quer aparecer que colocasse uma sainha.
Outros vereadores entraram na discussão e afirmaram que a população não precisa deste tipo de atitude na Câmara e que é esperado deles atitudes que venham beneficiar a cidade e que questões pessoais devem ser deixadas de lado.
Ao falar no tempo dos partidos, o vereador Edson Donizetti pediu para o corregedor da Câmara para que abra processo disciplinar contra o presidente da Casa, Adriano da Farmácia por conta de suas declarações, citando os artigos que configuram “Falta de Decoro Parlamentar”.
As desavenças entre os dois vereadores colocam em xeque também o corregedor da Casa, pois, de acordo com o Regimento Interno, tomando o corregedor da Câmara ciência dos fatos, no prazo de 15 dias, deverá ser tomada as devidas providências, sob pena de não fazendo, incorrer ele próprio – o corregedor – em falta funcional e prevaricação, podendo inclusive ter o mandato cassado.
