Hospital Regional pede mais R$ 8 milhões em empréstimos e dívida pode chegar a mais de R$ 61 milhões

Em três anos, de 2013 a 2015, período em que Rafael Simões esteve à frente do Hospital Regional Samuel Libânio, o Hospital recebeu mais de R$ 262 milhões em recursos, sendo R$ 131 milhões repassados pela Prefeitura de Pouso Alegre pela prestação de serviços de saúde à gestão plena do SUS. Mesmo com todo esse recurso, a administração de Simões deixou o Hospital à beira da ruína financeira, fruto do crescente endividamento registrado nos últimos anos.

Agora, após a saída de Simões do comando, o Hospital busca desesperadamente um novo empréstimo, para cobrir novas dívidas deixadas por Rafael Simões durante sua administração. Esse novo pedido de empréstimo, no montante de R$ 8.000.000,00 (oito milhões de reais), foi feito no dia 9 de junho de 2016 pela atual diretoria executiva do Hospital Regional, junto ao BDMG, através do BNDES – Saúde.

A herança deixada por Rafael Simões no Hospital Regional, ao que tudo indica, é uma dívida impagável. Após deixar o hospital com um déficit orçamentário no valor de R$ 1.674,892,00 e uma dívida bancária de mais de 51 milhões de reais em maio de 2016, agora o hospital pede novo empréstimo no valor de mais 8 milhões de reais para cobrir novas dívidas de custeio e manutenção.

Mesmo o Hospital Regional tendo recebido uma receita de R$ 262.984.795,00 no período de 2013 a 2015, incluído o valor de R$ 131.247.563,00 recebido da Prefeitura pela prestação de serviços de saúde à gestão plena do SUS, Simões elevou a dívida bancária do Hospital Regional em mais de 42%, saindo de 36 milhões de reais para mais de 51 milhões de reais.

Não bastasse isso, agora em 09 de junho de 2016 a diretoria executiva do Hospital solicita um novo empréstimo no valor R$ 8.000.000,00 (oito milhões de reais) e eleva dívida do Hospital em mais de 61 milhões de reais, demonstrando que o modelo de administração deixada por Rafael Simões no Hospital Regional é de endividamento permanente e progressivo podendo levar o Hospital a um colapso na sua capacidade de prestação de serviços de saúde para a população de Pouso Alegre e Região num futuro próximo.

Explicações distorcidas:
Mesmo com todas essas evidências, Rafael Simões e seus comandados negam-se a todo custo dar informação para a população acerca da dívida deixada no hospital, e para isso afirmam que assumiu a gestão do Hospital Regional com um déficit contábil de R$ 4.439.362,00 e que o deixou com um superávit contábil de R$ 5.569.183,00. Isto é mentira! A verdade é que ele assumiu o hospital com superávit contábil de R$ 426.728,00 e com uma dívida 36 milhões de reais; e o deixou com um déficit contábil de R$ 1.694,892,00 e uma dívida mais de 51 milhões de reais.

A explicação dada por Simões é distorcida, pois déficit e superávit referem-se à apuração contábil de um período de 12 meses, sendo que essa apuração não inclui dívidas reais com vencimento de curto e longo prazo, que neste caso são os empréstimos feitos por Rafael Simões junto à Caixa Econômica Federal, ou seja, o balanço contábil neste caso não serve para demonstrar a saúde financeira da empresa compreendida como um todo.

É preciso também compreender que a dívida de mais de 51 milhões de reais deixada por Rafael Simões no Hospital Regional comprometerá a receita do Hospital pelos próximos 4 anos! Pois, dos serviços futuros que ainda serão prestados pelo Hospital á Prefeitura, através da gestão plena do SUS, será descontado um valor de R$ 1,2 milhão por mês, para ser repassado à CEF como forma de pagamento das parcelas futuras. Sendo que este valor representa mais de 20% das receitas futuras que do Hospital.

Documentos que comprovam pedido de empréstimo

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