Fred perde queda de braço e sofre derrota na Câmara

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Arpa recua, pede retirada de projetos, vereadores insistem e pauta pró-rodeio é rejeitada pela maioria na Câmara Municipal

O clima em torno dos projetos pró-rodeio continuou tenso mesmo depois que a Arpa (Associação Rural de Pouso Alegre) enviar ofício para Câmara, solicitando a retirada dos projetos da pauta de votação.

Após semanas de discussões tensas e do ambiente de embate entre grupos contra e a favor das propostas, com manifestações calorosas da plateia que acompanhava de perto o desenrolar da situação. Na noite desta terça-feira, 15 os dois projetos foram rejeitados por nove votos a cinco.

A Arpa, representada por seu presidente, justificou o pedido de retirada dos projetos da pauta, por entender que a discussão estava causando um racha entre setores da sociedade e que este não era o desejo da entidade.

Segundo eles, um consenso entre os amantes do rodeio e os protetores dos animais, seria praticamente impossível e uma vez que já existe lei federal que ampare e fiscalize a realização destes eventos, seria sem sentido alimentar esta ruptura na sociedade, uma vez que sua aprovação ou não, em nada mudaria a realização do rodeio que já vem acontecendo na cidade, nos últimos anos.

Fred Coutinho (Republicanos) e Leandro Morais (União) que sugeriam a elevação do rodeio à condição de Patrimônio Cultural Imaterial da cidade e instituía normas para a realização do rodeio, permitindo a prática de cavalgadas, vaquejadas e corridas de charrete, não se conformaram com a atitude da Arpa e partiram para o ataque alegando que a administração municipal, havia feito pressão sobre a associação para que esta desistisse da empreitada.

O vereador Israel Russo fez coro aos autores do projeto e criticou não só da administração, mas também da associação rural que solicitou a retirada do projeto e dos demais vereadores que mudaram seu voto, afirmando que estes cederam às pressões .

A verdade é que o fato de os projetos, de caráter mais simbólico que qualquer outra coisa, terem monopolizado as discussões na Câmara ao longo de três semanas também não agradou o conjunto dos vereadores, que consideraram a pauta um desgaste desnecessário para o legislativo.