A interdição de duas pontes está gerando vários transtornos para motoristas, comerciantes e produtores rurais em duas cidades da região. Isso porque a Ponte Melo Viana, em Conceição dos Ouros (MG) foi interditada para veículos pesados devido ao aumento de fluxo depois da interdição de outra ponte em Cachoeira de Minas.
Acontece que a ponte em Cachoeira de Minas, que liga ao estado de São Paulo, está em obras desde setembro para ser duplicada, sobre o rio Sapucaí Mirim. A situação foi agravada com a interdição dessa outra ponte em Conceição dos Ouros, que faz parte da rodovia MG-173, ligando o Sul de Minas ao Vale do Paraíba.
De acordo com a prefeitura, a interdição se deu pois a construção é antiga e o fluxo de veículos estava muito alto no local. Apenas pedestres e ciclistas tem acesso liberado.
“Imagina se ficar sem esse acesso, a extensão rural do município pra esse lado é muito grande. As duas maiores fábricas da cidade estão aqui no bairro, então são pessoas que trabalham, mercadoria que chega, produto que sai. É preocupante sim”, disse o comerciante Ronaldo Félix da Silva.
O DER-MG, em parceria com a prefeitura de Conceição dos Ouros, implantou, também, sinalização de alerta de interdição aos motoristas, no entroncamento da BR-459 com a MG-173, para quem vem da BR-381, sentido Itajubá.
Sendo assim, desde o dia 6 de dezembro, o único caminho possível para veículos pesados entrar e sair em Conceição dos Ouros é via Piranguinho.
Para quem está trafegando na MG-295, com destino a Cachoeira de Minas / Santa Rita do Sapucaí / Pouso Alegre, o acesso será pela BR-159, na cidade de Piranguinho.
Já para quem está trafegando pela BR-459 com destino a Conceição dos Ouros / Paraisópolis / São José dos Campos, o acesso será pela MG-295, na cidade de Piranguinho.
Altair Cupin Júnior, gerente de logística de uma fábrica que fica próximo da ponte, conta que com as interdições, caminhões com cargas pesadas precisam fazer um desvio e percorrer 90 km a mais, cinco deles por estrada de terra
Já para o produtor rural de Conceição dos Ouros, José Lino, a situação é ainda mais problemática, pois ele precisa das duas pontes para escoar sua produção.
“Tem que fazer esse desvio, aumenta a quilometragem bastante, acaba sendo um problema. O combustível caro atrapalha tudo, cai nas costas de todos, aí tem que dividir. O produtor rural fica com um pouco de prejuízo, o frete também fica com um pouco, a ponta lá na frente também fica com um pouco, todo mundo tem que dividir essa carga”, disse ele.