Moradores estão se deslocando de um bairro para outro para conseguir atendimento no CRAS Volante. O problema se deve a redução do horário de atendimento da unidade por conta do não pagamento de horas extras aos funcionários que compõe a equipe.
A medida foi tomada no início da nova gestão. Hoje a unidade termina suas atividades às 13 horas e atende apenas 7 bairros por mês, quando anteriormente esse número era de 39 bairros.
Vinculado a pasta de Políticas Sociais, cujo titular é Sudário Rios Braga, o CRAS volante que na sua implantação contava com uma Van equipada de computador, ar condicionado, TV , rádio e vidro que dava privacidade aos atendentes e atendidos, já que as informações passadas são de caráter confidencial, hoje transformou-se em uma van obsoleta. Nada funciona e os atendentes precisam preencher as fichas a mão para digitá-las posteriormente na secretaria.
A redução do horário e o corte dos benefícios dos funcionários, como horas-extras, insalubridade e prêmio de conservação, já foi denunciada pelo vereador André Prado, que pediu ao secretário que uma atenção maior fosse dada ao CRAS e que a retirada de tais benefícios pudesse ser revista.
Esta semana, o Folha de P. Alegre acompanhou o trabalho do CRAS Volante no bairro Algodão e pode constatar que pessoas de diversos bairros procuravam o atendimento naquela localidade, por não ter atendimento onde moram.
Foi constatado também que a unidade não possuía sequer materiais básicos para o atendimento. Com uma equipe composta por um motorista, uma orientadora com jornada de 6 horas e uma assistente social que cumpre carga horária de 4 horas, é praticamente impossível atender a contento a população que se aglomera para o atendimento.
Para não deixar de atender a todos, os funcionários tem que se desdobrar para conseguir realizar todos os atendimentos no horário previsto. No dia em que acompanhamos o atendimento no bairro Algodão, havia mais de 35 pessoas para atendimento, entre idosos, mães com crianças de colo e deficientes. A orientadora tem que escolher quem atender e aproximadamente 20 pessoas, ficaram sem o atendimento do CRAS.
É triste observar como está sendo tratado o CRAS Volante, uma vez que o projeto foi criado para atender a população da zona rural. Pessoas que moram longe e dificilmente conseguem vir à cidade em busca de atendimento. É nele que a população destes bairros buscam atendimento individual ou familiar. A Inclusão nos programas de Assistência Social. O encaminhamento aos serviços da rede socioassistenciais. Inserção no Cadastro Único, entre outros.