A justiça concedeu liberdade condicional para Carlos Renato Cioffi, de 46 anos, acusado de matar o ex-colega de trabalho Juliano Campos Pereira, em Pouso Alegre. A saída do presídio aconteceu recentemente. Ele cumpre a condicional com uso de tornozeleira eletrônica.
Juliano trabalhava na Funerária Santa Edwiges em 21 de novembro de 2022, quando Renato entrou no local e deu dois tiros à queima roupa. Juliano foi levado pelos amigos para o Hospital das Clínicas, que fica próxima à funerária. Ele morreu instantes depois.
Renato fugiu em seguida. A Polícia Civil conseguiu o pedido de prisão temporária. Ele se apresentou à Polícia Civil 16 dias após o crime e foi preso.
A advogada de Renato, Kaelly Cavoli Moreira, explica que a justiça concedeu a condicional na primeira audiência, após ouvir testemunhas do Ministério Público e da defesa. Renato terá a segunda audiência e vai à juri popular, ambos sem data informada.
“Ele não tem crimes anteriores, é uma pessoa pacífica e se apresentou à polícia. A justiça concedeu a condicional por isso e por ele ter dois filhos menores de idade e uma filha de 18 anos, que dependem dele.”
Renato trabalhou várias vezes na funerária, no total por mais de 20 anos. Na época do crime, um dos donos da empresa disse que Renato foi agente funerário por cerca de 16 anos e era ótimo funcionário. Ele tinha saído da funerária dois meses antes do crime.
Testemunhas disseram à polícia que Renato e Juliano trabalharam juntos e se desentenderam. A polícia informou que acusado teria desconfiado que a vítima teve relacionamento com sua mulher. A advogada desmente essa versão ao dizer que “a motivação do crime não tem ligação com a esposa de Renato”.