Projeto das diárias vira bate boca e não vai para votação

Mais uma vez o clima ficou quente na Câmara Municipal e desta vez por conta do projeto de Resolução 1295/2017, que trata do custeio de viagens aos vereadores e servidores da Câmara Municipal de Pouso Alegre de autoria da Mesa Diretora da Casa, encabeçado pelo presidente Adriano da Farmácia, que anteriormente já havia dito que colocaria tal projeto em votação e queria ver qual vereador teria coragem de votar contrário.

A discussão começou quando o vereador Dr. Edson (PSDB) disse que sabia que o presidente da Câmara não gosta de ser contrariado e que explicaria juridicamente o que quer dizer “Recomendações do Ministério Público e Jurídico da Casa”.
Segundo Edson, o projeto apresentado pela Mesa Diretora, com parecer desfavorável dele, que preside a Comissão de Redação e Justiça, escancara as portas para a corrupção, já que prevê o reembolso dos valores gastos em viagem, prática repelida pelo Ministério Público e jurisprudência sobre o assunto e pediu que diante das recomendações do Ministério Público, os demais vereadores votassem contrários ao projeto.

Adriano (PR) rebateu as afirmações do vereador tucano e disse que este não sabia do que estava falando e que o projeto apresentado naquele momento tratava de custeio de viagens e que em nada feria as recomendações do MP.

O clima ficou mais quente quando vereadores passaram a discutir o referido projeto.

O vereador Campanha disse que o presidente estaria fazendo política com o assunto e pediu mais seriedade ao presidente da Casa. Oliveira Altair (PMDB) pediu ao presidente que dê o nome de quem não devolve dinheiro das diárias e não fale de forma genérica. André Prado (PV) diz que quando se fala de maneira genérica, o presidente da Casa deixa todos os vereadores expostos e pede que se fale mais claramente para que a população possa fazer seus julgamentos. Bruno Dias (PR) diz que a tabela apresentada por Adriano está defasada e Arlindo Motta (PSDB) como já é de costume, coloca a culpa na imprensa.

Depois de intensa discussão entre os vereadores Rodrigo Modesto (PTB) pediu vistas ao projeto, que foi aprovado por 10 votos.