Vereador deu a entender que em sua campanha para Presidente foi pressionado para desistir do projeto de redução do salário dos vereadores, está explicado agora o fato de sua promessa de campanha de reduzir salários foi engavetada.
Diz o ditado popular que não existe situação ruim que não possa ser piorada. Em se tratando de política, podemos afirmar que o dito é verdadeiro, principalmente quando o político se vê acuado.
Na sessão desta terça-feira, 23, foi colocado na ordem do dia para votação na Casa das Leis, o projeto que previa aumento dos subsídios dos próprios vereadores, na mesma proporção que foi dado aos professores e servidores municipais.
Diante das manifestações negativas geradas pela possibilidade de aumento em momento tão ruim para a política em nível nacional, o presidente da Casa Adriano da Farmácia usou a tribuna para desabafo e com o intuito de confrontar vereadores da base governista, da qual ele faz parte e, principalmente o vereador Dr. Edson, deixou escapar como está sendo conduzida a Câmara e principalmente, as negociações feitas para que ele chegasse à presidência da Casa.
“Alguns vereadores sobem na tribuna para falar que é vergonhoso colocar um projeto de aumento para os vereadores na pauta. Você Dr Edson foi um dos que pediu que colocasse o projeto em votação, em reunião interna mais cedo. Depois vem aqui, gritar, bater no peito e dizer que é contra”, disse Adriano afirmando que vários vereadores pediram para que o projeto fosse colocado em pauta.
Adriano segue desabafando sem se dar conta do que estava falando e da gravidade do que estava falando, deixando no ar os trâmites para sua eleição para presidente da Casa das Leis.
O presidente foi enfático ao afirmar que: “Quando nós estivemos reunidos durante minha campanha para a presidência da Câmara, o senhor Dr. Edson disse. Se o Adriano da Farmácia for presidente senão, ele vai abaixar o salário dos vereadores. Não pode e aí sobe aqui batendo no peito”, cravou Adriano.
“Quero dizer aqui aos novos vereadores que eu sou favorável a diminuição dos salários. E aí, e se eu colocar na pauta para abaixar o salário. O senhor vai ser contra?”, disse Adriano
A insinuação de Adriano reforça os boatos ventilados no final do ano passado de que uma reunião entre os vereadores eleitos e que seriam base do governo, teriam fechado acordo para a eleição do novo presidente e joga por terra o argumento de que não seria justo que vereadores que estavam terminando o mandato, definissem os valores que seriam recebidos por aqueles que estavam entrando e que, um grande esquema foi montado para a retirada do projeto que previa a redução dos salários dos vereadores fosse retirada da pauta e não votada no ano passado. Redução esta que foi o carro-chefe da campanha eleitoral do atual presidente da Casa e que continua engavetada, mesmo com as intensas cobranças da população.
Tais insinuações são de uma gravidade tremenda e passível de questionamentos.
Se não houve acordo para a retirada do projeto de redução, porque ele foi retirado de pauta?
Se o presidente da Casa é favorável a redução, porque então o projeto continua engavetado e tendo ele poder para colocá-lo em votação, não o fez até agora, beirando seis meses de mandato?
Confirmada a situação acima, torna-se desta forma, vergonhoso o processo de escolha de presidente da Casa das Leis e os demais vereadores precisam vir a público para esclarecer o “assunto e muito mais. Precisam exigir que o atual presidente coloque em pauta para votação, o projeto de redução salarial prometido durante a campanha eleitoral.
Ao afirmar que o vereador Edson está fazendo politicagem suja e barata, jogando a população contra os vereadores e contra a Casa das Leis, Adriano traz a discussão para o mesmo nível, tentando jogar a população contra o vereador.
Quando dizemos que o policiamento das palavras deve ser o norte de quem exerce principalmente função pública, não é por questão meramente ilustrativa. O desgaste da imagem tanto de um quanto do outro no episódio acima, poderia facilmente ser evitado, visto que, projetos de aumento salarial dos vereadores com menos de um ano de mandato é inconstitucional, não pode ser feito e mesmo que aprovado, torna-se nulo, passível de devolução do valor recebido como já aconteceu anteriormente na Câmara dos vereadores em legislatura passada e tem vereador na atual que abe disso, pois foi atingido com a medida.