O Jornal Folha de P. Alegre havia recebido diversas informações sobre empresas que seriam contratadas pela Prefeitura e publicou na sua edição nº 342 de 8/04 o nome da empresa Hetikos, que venceu em 12/04 a licitação do Pregão nº 10/17 de consultoria para a Secretaria de Educação.
Há cerca de um mês o Jornal Folha de Pouso Alegre havia recebido informações sobre empresas que ganhariam alguns dos processos licitatórios realizados pela Prefeitura Municipal.
Dentre as informações, a primeira era de que a Concorrência Pública nº 03/17 seria vencida pela empresa VINA Equipamentos e Construções Ltda. de Belo Horizonte. Esta informação também chegou até a jornalista Rosy Pantaleão, que em primeira mão, no dia 04/04, publicou um post no Facebook, de modo dissimulado, dizendo que estava mirando no “Rei” com “um mês de antecedência” e uma imagem escrita VINA. O “mês de antecedência” fazia referência ao dia que seria realizada a Concorrência Pública nº 03/17, 04/05/17 e a palavra VINA o nome da empresa.
Após alguns dias, o Jornal recebeu uma segunda informação sobre o caso VINA, de a empresa seria contratada antes mesmo da realização da Concorrência Pública nº 03/17 por dispensa de licitação. Assim, em 08/04 publicamos na Coluna Língua Afiada, de modo dissimulado, que a informação recebida pela jornalista Rosy Pantaleão de que a empresa VINA viria para a licitação já não era mais, fazendo um trocadilho dizendo que “tinha uma empresa que vina participar da licitação do lixo, mas pelo jeito não vem mais”, em alusão de que a empresa não mais seria licitada e mas contratada sem licitação.
A informação passada aos jornalistas por esta fonte se mostrou fiável, pois na última quinta-feira (27/04) a empresa Vina Equipamentos e Construções Ltda. Foi contratada pela Prefeitura por dispensa de licitação, por R$ 1.343.739,36.
Nada ético
Outra informação que nos foi passada pela mesma fonte, era a de que a licitação Pregão nº 10/17 que tinha por objeto a contratação de empresa para assessoria na captação de recursos para a Secretaria Municipal de Educação seria vencida pela empresa Hetikos Assessoria Ltda“. Do mesmo modo, o Jornal publicou na Coluna Língua Afiada a palavra Hetikos, dizendo, de forma dissimulada, que algumas pessoas entendiam algumas mensagens do além, e que “Hetikos não é a forma original da palavra em grego”.
A terceira informação passada ao Jornal dizia que uma empresa chamada RPS era quem iria assumir o contrato de sistema de informação da Prefeitura, porém, esta empresa já havia sido contratada pela prefeitura, por dispensa de licitação, em 29/03, não havendo como comprovar qualquer irregularidade.
A quarta informação diz respeito a um processo licitatório que ainda não teve sua sessão pública, então, vamos esperar para ver o tamanho da audácia.
É assustador pensar que um governo que mal começou já está aprontando tanta lambança. O jogo de cartas marcadas para o favorecimento de empresas em processos licitatórios é algo criminoso e deve ser investigado pelos órgãos competentes, talvez seja o caso da Câmara de Vereadores instaurar a primeira CPI contra a administração do prefeito Rafael Simões, pois, afinal de contas, são pagos para fiscalizar o dinheiro público.
A despeito do que fez o governo do presidente Temer em relação a licitação do Banco do Brasil, o prefeito Rafael Simões deveria suspender estes processos licitatórios que estão sob suspeita de favorecimento, antes que este escândalo o atinja pessoalmente.