Ato contra a reforma previdenciária reúne 2 mil pessoas em Pouso Alegre e termina com protesto contra Rafael Simões

Evento realizado na Praça Senador José Bento caminhou pelo centro da cidade e terminou em frente a Faculdade de Direito. Movimentos sindicais, coletivos da cidade, movimento negro e feminino se sentiram perseguidos pelo Prefeito Municipal

A cidade de Pouso Alegre através de sindicatos e movimentos coletivos da cidade realizou ato público contra a reforma previdenciária proposta pelo Presidente Michel Temer, com mudanças bastante agressivas para todos trabalhadores, entre elas a idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e mulheres e a contribuição de 49 anos para aposentadoria integral.

Foram realizadas manifestações por todo o país, a cidade de São Paulo com a greve parcial do sistema de ônibus e metrôs registrou o maior congestionamento da história, os trabalhadores em todo Brasil mostraram a revolta contra a reforma que condena a classe trabalhadora a uma perspectiva quase impossível de obter a tão sonhada aposentadoria na velhice.

Em Pouso Alegre estiveram presentes sindicatos da cidade e da região, coletivos de diversas representatividades e contou com a participação efetiva da população pouso-alegrense, seguindo a tendência da cidade em realizar grandes manifestações. Estiveram presentes vereadores de diversos partidos políticos e tendências.

O protesto que iniciou como em todo país se virou contra o Prefeito Rafael Simões, uma vez que através da rede social da Prefeitura, informou que o município irá cortar o dia dos professores que participaram da paralisação e das manifestações e inclusive estendendo essa punição ao descanso semanal, ação que seria inédita no município. Uma ação truculenta e sem necessidade, tanto trabalhadores como o sindicato da categoria SIPROMAG já alertou a todos que os duzentos dias letivos previstos em lei serão cumpridos com o acerto de reposição das atividades. Um ruído de comunicação ou um desacordo de ideias aconteceu  dentro da administração, pois a Secretaria de educação em ofício enviado as escolas afirmou que a causa era justa em prol dos trabalhadores brasileiros.

Dias antes dessa manifestação o Coletivo Florescer, que trabalha pela dignidade feminina em Pouso Alegre, os membros foram ameaçados e perseguidos durante ato no dia da mulher, o grupo em sua página no facebook repudiou a ação de secretários do prefeito “O Coletivo Florescer agradece a participação de todas e todos.

Ainda, protestamos contra todo ato autoritário e repressor das autoridades desta cidade, sendo que no decorrer da concentração feita na Praça João Pinheiro, policiais intimidaram o grupo, proferindo ameaças e coibindo a permanência na Praça”.

Uma administração que não respeita entidades de classe, que tenta proibir manifestações pacíficas e realizadas com total ordem e respeito traça um destino difícil de diálogo com a comunidade.